terça-feira, 1 de abril de 2014

Sobre pais e filhos

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa [..]”

Logo mais (às 19h:30min, na IDM - Parnaíba) continuaremos a série de estudos sobre a família.

Durante a preparação da aula, debruçada sob o versículo acima, pensei: hoje muitos pais afastam os filhos desse mandamento básico e os impedem de desfrutar da promessa dada aqueles que honram pai e mãe:

“[...] para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá
Êxodo 20:12

...

Um dia, se Deus permitir, serei mãe. Às vezes dá um frio na barriga ao pensar nos dilemas que a maternidade traz, mas como eu disse a uma amiga que está prestes a dar à luz (e tem a mesma preocupação): acho que isso é um bom indício.

Quero que minha descendência prolongue os seus dias na terra e seja como flecha que chegará a lugares onde eu sequer sonhei alcançar.

Sei que para isso eles precisarão aprender sobre obediência e honra. E também que requererá de mim algumas lágrimas, principalmente quando há tão poucos modelos a serem seguidos.

Os pais “modernos” pensam que para criar filhos fortes e civilizados não podem exigir deles submissão. Sofrem ao estabelecer regras, como se, agindo assim, tornassem-se inimigos de seus rebentos.

Se por um lado o pai austero, intransigente e violento provoca traumas e cria adultos ansiosos ou implacáveis; por outro um pai bonachão ao extremo produzirá crias inseguras, sem noção e despreparadas para a vida.

Uma amiga certa vez compartilhou que quando era criança ficava triste quando seus pais não lhe cobravam na escola.

Se ela fazia ou não as tarefas e trabalhos escolares, seus pais eram indiferente. Isso (é claro) refletia em um desempenho ruim no colégio e lhe fazia pensar que eles não a amavam como os pais das outras crianças.

Quando estamos falando em essencialidades da vida, tais como alimentação saudável, hora de dormir, ida à igreja ou à escola, não há espaço para muita opção.

Será justo outorgar a um menino de três anos decisões difíceis como quando tomar banho ou o que comer?! Penso que não.

Pais preocupados com a higiene e a saúde de seus filhos sabem que eles precisam se assear e comer alimentos nutritivos. Crianças querem brincar.

Em outras ocasiões sim. As crianças poderão opinar (e é até bom que opinem) quando estiverem diante de decisões que não impliquem sérias repercussões, oportunidades em que poderão desenvolver sua personalidade e descobrir seus gostos pessoais. Decidir entre ir ao cinema ou ao parque ou de que cor quer o seu quarto são escolhas que podem ser resolvidas no universo infantil.

Tenho medo de extremos. Se antes vivíamos no extremo “criança não tem querer”, hoje vivemos o extremo oposto, em que é dada a elas o poder e a responsabilidade de conduzir a casa. Um cenário assustador em que pais deixam de desempenhar o papel de educador, responsável pela ordem e harmonia no lar.

Há tempo para tudo. Os meninos devem ser livres para correr, desde que essa corrida não os lance ao precipício próximo. Cabe aos adultos alertar quanto aos abismos, sem exageros ou arrefecimentos.

Nossas crianças estão estressadas e deprimidas. Não quero contribuir para esse quadro, mas aprender o papel que Deus estabeleceu para cada um no lar.

Moderação é a palavra de ordem. Desafio duro, mas possível. Deus nos ajude!

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