A vida vai
Os rastros ficam
Onde eles foram registrados determina quanto tempo durarão
Se na rocha ou na areia
Se alguém os protegeu dos desgastes do inverno e do verão
Eu queria gravar os momentos mais lindos
Imprimi-los e espalhá-los por toda a casa
Um dia não seremos os mesmos
Nossa imagem no espelho revelará um desconhecido
As crianças crescerão
O relógio girará
As roupas sairão de moda
Olharemos o porta retrato
E não acreditaremos que um dia usamos aquele trapo
O tempo passa
A casa fica vazia
E a gente percebe que o tamanho de um lar
Se mede de forma diferente
Por menor que seja o espaço
Torna-se grande quando algum dos habitantes se vai
Eu queria abraçar todo o tempo de amor
E não chorar de saudade
Mas a vida é assim
Não somos donos das estações
Muita coisa se esvai, escorre entre os dedos
E nos resta não olhar para trás
A gente se reinventa
As quedas deixam marcas, mas ensinam
A gente cresce e diminui o tempo todo
E percebe que o valor está naquilo que não vemos com esses olhos carnais
Hoje é o que existe
Ontem se perdeu para sempre
E Amanhã nem sabemos o que será
Na verdade, bem disse aquele velho sábio:
“O Presente é o ponto no qual o tempo toca a eternidade”
Viva sem medo
“Ande pelos caminhos que satisfazem o seu coração e agradam aos seus olhos”
Só não esqueça que é deste Presente
Que seremos lembrados
É dele que prestaremos contas
Verdadeiras palavras! Gostei muito!
ResponderExcluirObrigada, Vânya! bjos
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