domingo, 17 de julho de 2011

Pensando sobre o céu

Dias desses, na depilação, fui atendida por uma moça bem comunicativa, que logo puxou conversa:
- Ontem serenou lá no meu bairro. Fiquei até preocupada... Julho chovendo...
- Preocupada com o quê? – não me contive.
- Com as coisas estranhas desse jeito. Acho que o mundo vai acabar.
- E você não está preparada para subir? – continuei.
- Pois é, a gente tem que sempre pedir perdão a Deus, né? Fazemos tantas coisas ruins.
- É - concordei.
- Sabe, às vezes, fico pensando em umas coisas. Todo mundo pensa umas bobagens, né?! Fico pensando se o céu será como nos desenhos. Será?

Como vai ser eu não sei bem, mas, certamente será melhor do que tudo que conseguimos imaginar. A Bíblia diz que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” 1 Co2.9

Na igreja, entre as crianças, cantava-se uma música sobre esse lugar especial.

“É o céu lugar feliz, bem feliz, tão feliz
É o céu lugar feliz, Aleluia!
Ruas de ouro e de cristal, de cristal, de cristal,
Ruas de ouro e de cristal, Aleluia!
O caminho é só Jesus, só Jesus, só Jesus,
O caminho é só Jesus
Vem, amigo!”

Hoje pouco se fala sobre o céu. Neste mundo imediatista, fala-se sobre o que está ao alcance de minhas mãos, sobre o que posso ver e sentir aqui e agora, sobre o que me satisfaz já. Fala-se sobre dinheiro, poder, promoção... Fala-se sobre a visita aos Estados Unidos, sobre o tour na Europa, sobre o cruzeiro intercontinental, sobre a ida à lua... Mas sobre o céu ninguém quer mais falar. Como se o Estados Unidos fosse mais divertido, como se essa vida aqui fosse mais interessante, como se a morte fosse uma realidade distante. Não é. Amanhã ninguém sabe o que será!

Jesus contou uma parábola sobre um homem bem rico, que passava a vida pensando em ampliar seus negócios e prosperar mais e mais. Ele se preocupava só com as questões dessa vida, em como acumular e desfrutar de toda a sua fortuna. Era uma espécie de Tio Patinhas.

Então Deus lhe disse: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12.20)

Em outras palavras, era como se Deus dissesse: De que adianta você se preocupar tanto com os bens materiais, com as riquezas desta terra, se logo, logo você vai morrer? Por que investir tanto em coisas temporais? Por que você não investe em seu relacionamento comigo? Por que você não investe no reino de Deus, que é eterno?

Essas perguntas são também para mim e para você hoje! Temos investido tanto tempo em coisas desnecessárias e passageiras e tão pouco nas eternas. Hoje é tempo de revermos nossas prioridades e mudarmos nosso rumo.

Como diz uma música cristã, “Amanhã pode ser muito tarde. Hoje Cristo te quer libertar.”

Você não tem que viver atemorizado com a morte, nem com o fim do mundo. Se você tem Jesus como seu Guia, certamente seu destino será o céu.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Dono da paz

Uma das músicas mais presentes em minha vida é “Paz no vale” (versão da Peace in the Valley). Quando estou cansada e penso que as forças não vão dar, é ela que surge como um bálsamo:

“Mui cansado estou, mas procuro o Senhor
Ele, pois, eu almejo seguir
Na radiosa manhã ou à noite, ao dormir
Haverá paz no Vale para mim.”


Em Isaías 9.6, Jesus nos é apresentado como o Príncipe da paz. O comentarista Shedd explica que essa paz “não é apenas a ausência da guerra, mas também significa a prosperidade e o bem-estar em vez de necessidades e tristeza”.
Portanto, se o medo dominar seu coração, se sua mente estiver aflita e a esperança for uma palavra distante, peça que o Príncipe da paz reine sobre sua vida. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” (Fp. 4.7)

Assim como você, também faço essa oração.

Dono da Paz,
Preciso tanto desse teu bem
Artigo fino, raro nesses tempos difíceis

Dono da Paz,
Nem toda riqueza do mundo pode se comparar
Ao que Tu podes oferecer a quem a ti se achegar

Um passeio na mais paradisíaca ilha,
Uma casa com as mais finas iguarias,
A beleza, o poder, a sedução do maioral entre os homens
Tudo isso não é nada
Quando sei que paz não se compra, nem se vende
Se tem ou não se tem

Paz inexplicável, inabalável, que independe de circunstâncias
Paz verdadeira, sem maquiagens, que não precisa provar nada pra ninguém
É essa paz que quero
A paz que Tu tens em tuas mãos
Em tua voz,
Em teus olhos
Em teu caminhar
Em tuas atitudes

A paz que não precisa estar de branco
Nem tem um jargão ou um aceno
A paz que simplesmente é

Quietude, calma, serenidade, sossego...
A paz que lança fora a ansiedade
E que só espera a vinda do Rei

Se os ventos vão soprar, se a noite irá cair
Quando tudo se esfriar
Se o sonho acabar
Se o tempo se perder
Se a luta começar
Ainda assim Tu terás essa paz para viver

É essa paz que quero
A que só Cristo tem para dar
A paz que, por mais que eu tente, não consigo entender


“Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.” Is 4.3

Dias de paz para todos! “E o Deus da paz seja com todos vocês. Amém.” (Rm 15.33)

domingo, 3 de julho de 2011

A dor do parto

Esses dias, estive ausente do blog, pois estava ocupada com inúmeras atividades. Além dos afazeres que já tenho, estive envolvida com duas viagens.

A primeira foi uma visita que fizemos a meus pais no último feriado. Assim que chegamos a cidade onde eles moram, mamãe e papai apareceram com largos sorrisos, felizes com a nossa chegada.
Os quartos organizados, os lençóis e as toalhas novinhos revelavam suas expectativas pela nossa vinda.
Quando tivemos que retornar para Teresina, a fisionomia com que os deixamos não foi das melhores. Os sorrisos de antes deram lugar a olhos marejados.

A outra viagem foi a do Lívio, na semana passada. Precisei ajudá-lo na organização da mala e dos últimos detalhes para sua ida ao Sul, onde foi tratar de sua admissão no concurso. Sua partida também deixou saudades e olhos lacrimejando.

É difícil dizer adeus para quem amamos. Sempre pensamos que a distância levará embora os momentos felizes e apagará os dias de festa. Como seres sociais (e sentimentais) que somos, queremos estar sempre perto e quando precisamos nos distanciar, bate aquele aperto no peito, aquele nó na garganta, aquele medo de nunca mais se encontrar...

Assim também se sentiram os discípulos de Jesus...

Jesus veio ao mundo com uma missão extraordinária. Ele, mesmo sendo Deus, nasceu de uma mulher, cresceu (sujeito as mesmas dores e intempéries), desenvolveu seu ministério, levando mensagens de fé e salvação, curando enfermos, expulsando demônios, libertando homens e mulheres escravizados pelo pecado. Quando se aproximou o tempo de Jesus partir, os discípulos ficaram angustiados. Eles tinham estado junto por tanto tempo. Jesus estava todos os dias por perto, sempre disposto a ajudar. Era um contexto que lhes transmitia segurança. Daí, podemos imaginar como eles se sentiram com o anúncio da morte de seu Mestre.

Percebendo a tristeza de seus seguidores, Jesus lhes confortou dizendo:

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou." (Jo 14. 1-4)

Tomé, diante dessas palavras de Jesus, indagou-lhe: como saber o caminho?

E Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. E completou que se o amarmos, guardaremos a sua palavra e Ele fará morada em nós.

Pouco tempo depois dessa conversa, Jesus foi morto. O maravilhoso de toda essa história é que Ele ressuscitou e, depois de confiar a todos os seus seguidores a missão de ir por todo o mundo, anunciando as boas-novas da salvação, Jesus foi elevado ao céu e hoje ansiamos por sua volta.
Não fosse o desprendimento e o amor de Jesus, não fosse sua morte e ressureição, hoje não poderíamos desfrutar da alegria da salvação, pois ainda estaríamos mortos em nossos delitos e pecados.

Hoje estou me preparando para morar fora também. Estou alegre, mas existe sempre a dor da partida.
Em nossos olhos: a doce expectativa de que Deus tem planos maravilhosos para nós.
Em nossos corações: o aperto,a saudade pela distância, mas também a alegria por saber que temos familiares, amigos e irmãos que nunca nos abandonarão.

Deus tinha um plano especial ao tirar Abraão do meio de sua parentela. A morte e ressureição de Cristo foram condições indispensáveis para nossa salvação.
Como compartilhei com alguns queridos, Deus tem me ensinado que, se a partida está dentro da vontade dEle, a dor não será maior que os frutos colhidos naquela missão.

Espero que estejamos (independente da distância física) sempre juntos!

Deus nos abençoe!