Personalíssimo

Não sou tão talentosa. Pra começar, trabalho mal com os números e sei apenas o básico de tecnologia. Não sou boa com atividades manuais. Não sei costurar e tenho pouca (ou nenhuma) habilidade com panelas. Sou péssima maquiadora, cabeleireira...

Esses dias, alguém ao descobrir minhas inabilidades, soltou:

- Coitado do seu marido.
(Tem gente tão espontânea... rsrsr)

Mas eu me esforço. Tento cumprir minhas responsabilidades (ainda que não as realize com maestria) e desenvolver minhas potencialidades.

Por menos habilidosos que sejamos, uma coisa é certa: somos talentosos. Descobrir, desenvolver e multiplicar nossos talentos é, antes de tudo, um dever. Nem sempre é uma tarefa fácil.

Na verdade, na maioria das vezes é preciso viver bastante coisa até desvendar a sua vocação.

Em 1 Co 7.20, vemos a seguinte orientação:

"Cada um permaneça na vocação em que foi chamado[...] Irmãos, cada um permaneça diante de Deus naquilo em que foi chamado". 1 Co 7.20

Deus nos fez únicos. Ele nos dotou de dons e talentos e nos colocou no mundo para que desenvolvêssemos as nossas habilidades e não as do vizinho.

Por que tantas vezes queremos traçar os mesmos projetos e seguir o mesmo caminho dos outros? Esquecemos que fomos projetados em outra forma e que ainda que realizemos a mesma coisa, faremos de forma diferente, imprimiremos nossas digitais.Cada um será cobrado proporcionalmente ao lhe foi confiado.

Esse é um princípio até fácil de compreender. Por exemplo, se você cozinha bem, espera-se que seus pratos sejam sempre saborosos e originais. No meu caso, um arroz que não sai queimado já é um sucesso.Qualquer que seja seu dom, esse deve fazer diferença onde você estiver, afinal ele não foi lhe dado à toa.

Se somos diferentes, devemos emprestar ao mundo algo único e especial. Não para que sejamos reconhecidos ou lembrados, mas para que as pessoas olhem e glorifiquem a Deus, que nos criou.

Essa é a minha missão. Essa é a sua missão.