segunda-feira, 7 de maio de 2012

Um grande sacrifício

Hoje queria gritar, mas não consigo. Estou afônica ou, talvez, eu seja afônica.

Às vezes dói estar em um mundo tão corrupto e complicado. Por um instante paro de respirar e perco a força e o ânimo ao pensar nas injustiças, nas desigualdades, na falta de amor.

O amor está esfriando, assim como a alma, a mente, o abraço... Não se sente mais a dor do outro, poucos são os que fazem o bem.

Hoje eu queria chorar, mas todas as minhas lágrimas não seriam suficientes para expressar o que estou sentindo. Sofro ao me deparar com a desmoralização, a desvalorização do humano e, ainda mais por não saber como contribuir para a mudança.

Hoje eu queria mudar. Ser mais ousada, menos covarde. Ser mais amor, menos justiça. Ser mais ação, menos palavras.
...

O sacrifício de Jesus foi bem maior que uma morte de cruz. Ele teve que viver em um mundo totalmente distante do projeto divino. A criação, perfeita e harmônica, foi corrompida na primeira oportunidade.

A santidade de Jesus, assim como seu amor e justiça foram (e são!) afrontados pela humanidade depravada.

Estabelecer morada em um planeta que julga pelas aparências, pela cor, pela condição social, pelo status não deve ter sido tarefa fácil para um homem perfeito, justo e santo. E Jesus ainda veio com características em nada atraentes:

“[...] Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos. Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.” Is 53. 2,3

Conhecendo a dureza de se viver em um mundo tão hostil (ao qual sequer pertencemos), Jesus, antes de ascender aos céus, orou por seus filhos que ainda teriam que enfrentar as lutas terrenas:

“Não ficarei mais no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um. [...] Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. João 17:11,15-17

Que não nos cansemos de fazer o bem. Que o Senhor Jesus seja nosso foco, que nossas atitudes sejam o reflexo da sua presença em nós. Que sejamos luz.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.” Rm 12:2

“As trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor vem surgindo, e a sua glória se vê sobre ti”. Is 60.2

Deus, ajude-nos a ser diferença!

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