O “Dia dos Pais” está chegando e eu não poderia deixar de registrar minha gratidão a Deus pelos pais que me deu. Meu pai Raimundo e sogro Josué.
Deus os abençoe e os guarde! Amo vocês!
...
Que eu lembre, nunca vi meu pai chorar. Se ele disse com todas as letras “eu te amo” também não me recordo agora.
Papai nunca foi homem dado a sentimentalismos, um resquício de sua educação patriarcal.
Na verdade, ele sempre gostou da fama de durão. Bastava um olhar para que entendêssemos a sua ordem e respeitássemos a sua autoridade.
Apesar da imagem austera, de uma coisa sempre tivemos certeza: ele nos ama.
Minha irmã, quando criança, costumava repetir aos quatro ventos que a pessoa de que mais gostava no mundo era papai. Quando lhe perguntavam o porquê, ela dizia: porque, de vez em quando, ele me dá umas palmadas e sei que quem ama corrige.
Mas não era só a disciplina que revelava seu amor. Papai sempre foi presente, cuidadoso, atencioso, participante de todos os atos de nossa vida, dos mais corriqueiros aos mais especiais. Na verdade, ele sempre preferiu os triviais.
Noites sem dormir, velando-nos quando estávamos doentes; preocupação quando não chegávamos na hora esperada; historinhas para dormir, sonhos, investimentos e aquela insistente visão dos filhos como crianças estão na lista de nosso pai de ouro.
Na igreja, ganhou até o título de "Pãe", em referência a sua dedicação quase materna.
Há muitos outros sinais de seu amor. Se educar dá trabalho, ele dedicou-se abnegada e intensamente para cumprir esse papel tão importante.
E nunca foi indiferente. Mais do que palavras ou beijinhos, para ele, a paternidade sempre foi compromisso. Um pacto que tem conosco até hoje e que desempenha com a mesma diligência e atenção.
Semana passada, Lívio ligou para papai e brincou:
- Irmão Raimundo, faz dois anos que tirei sua filha do senhor.
- Pois cuide bem dela!- foi a resposta imediata.
Por tudo isso, ele nem precisa dizer. Nós já sabemos. Ele nos ama.
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