segunda-feira, 22 de julho de 2013

Esse amor...

Ao desligar o telefone, senti-me uma mãe chata. Tanto tempo que não nos falávamos e não consegui calar a ansiedade para dar tantos conselhos.

Vocês me ensinaram tão bem a arte de amar. Sempre me receberam com entusiasmo e alegria e me cobriram de carinho. Acho que não fui tão boa aluna.

O que me consola é saber que, às vezes, o amor faz isso. A gente deixa de fazer o que realmente importa porque acha que há coisas mais urgentes. Na maioria das vezes nem são. Afinal, o que é mais urgente que o abraço, o afago, o beijo?

Perdemos tantas oportunidades de expressar o amor de maneira genuína, nossos cuidados extremos sufocam. A vida passa e a dúvida permanece: será que verdadeiramente sou amado (a)?

Hoje é dia de tirar essa dúvida: cantar, declarar um poema, acariciar, abraçar, beijar. Amanhã pode ser tarde.

É claro que, em alguns momentos, a exortação é a manifestação mais sincera de amor. Quem ama não é indiferente ao erro e às faltas da pessoa amada. Se a vir caminhado para o abismo, certamente lhe alertará e até reprenderá. Como dizem, “por falta de um grito se perde uma boiada”.

O grito, porém, é reservado para os momentos mais críticos, em que é necessária uma ênfase, quando já se tentou todas as demais opções ou quando não há tempo para rodeios. A censura constante perde o efeito.

Em Provérbios, encontramos que “Melhor é a repreensão feita abertamente do que o amor oculto. Quem fere por amor mostra lealdade, mas o inimigo multiplica beijos. Pv 27:5-6

Não quero usar isso como desculpa para minha falta de jeito. Apenas devo mostrar as duas faces da moeda.

O Amor deve conduzir nossos relacionamentos. Ele é a liga que mantém unido, a força que sustenta.

Na maior parte das vezes o que fica é o exemplo, o carinho, a atenção.

Queridas filhas, perdoem-me quando falo mais do que ajo, quando castigo mais do que acaricio, quando exijo mais do que amo.

Se errei mais do que acertei quero que saibam que o que me moveu foi esse mesmo amor.

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