sábado, 18 de fevereiro de 2012

Bem-vinda, Alegria!

Até quando vou chorar? Minhas lágrimas, nestes tempos, são ligeiras. Fluem como um rio... Mas onde será o mar? Qual o propósito deste aguaceiro? Vez por outra, essas questões vêm naturalmente e fico atrás das respostas.

Alguém me disse: parece que aprendemos mais na dor do que na alegria. É que ficamos mais sensíveis e mais reflexivos e desenvolvemos virtudes como a esperança, que nos ajuda a ver soluções para as impossibilidades.

Na carta dirigida aos Romanos (5.3-5), Paulo fala sobre isso:

“Também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”

De fato, é o que acontece. Os dias difíceis nos ensinam a ser forte. Buscamos força para aguentarmos firmes até que a tempestade passe. E depois que ela se vai, vez por outra, lembramos e dizemos:

- Há algum tempo passei por uma situação complicada e venci. Posso vencer novamente.

É a experiência produzindo esperança não só em nós, mas em todos que escutarem nosso testemunho.

Essa semana, em uma de nossas viagens, enfrentamos nossa primeira chuva de granizo. Inexperientes que éramos, demorou para descobrirmos porque o impacto da água no vidro estava mais forte do que o normal. E eu fiquei: “Meu Deus, nos livre dessa. Que o para-brisa não quebre, não quebre ”... A chuva então passou e nós conseguimos chegar inteiros ao nosso destino. Mas a experiência ficou.

Hoje, enquanto choro, surge um sorriso quando penso que logo todo o meu pranto redundará em esperança. E olho para o presente como se fosse passado.

Ainda assim, sejamos francos: se pudéssemos escolher, apagaríamos os dias de choro de nossa vida e prosseguiríamos para viver apenas os momentos felizes. Como quando éramos crianças que, não fossem nossos pais, nunca tomaríamos uma daquelas terríveis injeções, mesmo com a promessa de que, em seguida, ficaríamos bem.

Também na Carta de Romanos (8.18), Paulo diz convicto:

“Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada”.

Quando a dor aparece, a espera é sempre mais difícil. Olhamos adiante e não vemos soluções. Pensamos que é o nosso fim e é difícil ver alguma finalidade em tudo isso. Mas algumas provas precisam ser enfrentadas. E nós seremos aprovados. E as lições ficarão para sempre.E logo nossas lágrimas serão enxugadas pelo nosso Deus.

Não precisamos nos desesperar diante das intempéries da vida, nem focar nas circunstâncias difíceis que temos enxergado, mas olhar com os olhos da fé para o que Deus ainda fará.

Como Paulo diz “Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.” Rm 8.25.

“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração.
Romanos 12:12”


Mas até quando? Até quando vai durar o meu choro?

"[...] Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã." Salmos 30.5

Os raios de "amanhã" logo adentrarão nossa janela, trazendo nos braços a alegria!

E nós diremos: Bem-vinda, alegria! Bem-vinda!

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