quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sobre a paz

Todo fim de ano é a mesma coisa. As pessoas colocam fantasias brancas e se acham verdadeiros experts quando o assunto é paz.

Por um breve momento, esquecem de suas atitudes violentas, de suas palavras sujas, de seus gestos agressivos e passam a reproduzir um discurso vazio, em que paz possui todos os significados, menos o verdadeiro.

A palavra paz, neste período, reproduz-se de forma banal e é a felicitação mais comum, surgindo das mais diversas bocas.

Em meio ao chafurdo de uma festa de réveillon, regada a álcool e a outras drogas, é essa palavra que aparece quando os fogos de artifício cintilam.

Na verdade, assim como os fogos, as palavras na noite da virada são artifícios. Explodem cheias de estratagemas, de armadilhas... Como um coro artificial e desafinado. Como tudo naquela festa, quando até as cores das calcinhas e das cuecas visam um fim determinado...

Esses dias, eu estava em uma loja e a vendedora me aconselhou que levasse peças íntimas amarelas para atrair dinheiro no novo ano, cor-de-rosa para atrair amor, etc...

Essas superstições apenas nos embaraçam, tirando o foco do que realmente importa. Reproduzem uma mentira, uma esperança que acaba na primeira frustração do ano que começa.

Não é uma calcinha que vai determinar nossa prosperidade financeira ou nossa realização amorosa. Precisamos trabalhar, nos dedicar e pedir a Deus que nos ajude.

Assim também é com a paz. Usar roupa branca no réveillon pode até ser bonito, mas não é isso que vai trazer paz no novo ano. Palavras soltas ao vento, sem uma reflexão sincera, sem uma mudança de atitude, em nada contribuem para o estabelecimento de um reino pacífico.

Mais do que palavras devemos ter atitudes amistosas. E pedir a Jesus, o Príncipe da Paz, que reine sobre as nossas vidas, pois Ele conservará em paz aquele cuja mente está firme nele (Isaías 26:3).

A começar em mim...

Shalom!

Que 2012 seja um ano (verdadeiramente) de paz!

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