segunda-feira, 11 de março de 2013

Discurso de amor

Estamos assistindo a uma espécie de Guerra Santa. Acho que esse termo nem é o mais adequado para esse embate constante nas redes sociais em torno de temas polêmicos como casamento homossexual, liberação da maconha, pornografia na TV, etc.

Hoje fala quem quer, sobre o que lhe convier, a qualquer hora, em uma praça virtual e essa mensagem alcança um número incontável de pessoas.

As redes sociais possibilitaram uma comunicação mais ampla, uma discussão mais democrática, pois disponibilizam microfones para todos.

Qual limite às liberdades? Até onde essas discussões são necessárias? A proposta aqui não é fazer uma análise jurídica, jornalística, psicológica, mas refletir sobre o caminho que tem seguido esses discursos, especialmente as reações dos grupos cristãos.

Alegro-me ao ver um sem número de jovens cristãos, levantando a voz (ou compartilhando mensagens) em defesa das verdades bíblicas. Por outro lado, fico assustada com certos tipos de manifestação, que seguem muito mais o discurso deste mundo do que o do reino celeste.

Muitas vezes o conteúdo está certo, o meio e a forma não.

O discurso do ódio nunca foi a melhor escolha de expressão. A lei do amor é a que nos rege, é a que nos leva à vitória. As armas do reino celeste não se coadunam com a violência deste mundo.

Tudo bem, o amor não é silêncio, muito menos conivência com o mal, mas tenho certeza que manifestações odiosas, ferinas, vingativas, indiferentes andam na contramão desse sentimento precioso.

Surgirão momentos em que precisaremos ser mais incisivos, afinal o relativismo é também uma fórmula do mal. Precisamos anunciar o Evangelho sem esconderijos, abraçar os princípios bíblicos e defendê-los, enquanto embaixadores dos céus que somos. Porém, antes de falar, precisamos amar de verdade (sem hipocrisia, sem faz de conta).

Meu sogro conta que depois que ele disciplinava seus filhos, ele ia para o quarto chorar. Doía mais nele do que nos meninos. O amor exigia um posicionamento duro diante do erro, ao mesmo tempo em que suavizava o ambiente. É o que distancia a palmada da violência.

O amor lança fora o medo e produz frutos de arrependimento e não rebeldia.

Vencer, para nós, não é destruir todos os que se opõem aos princípios bíblicos, mas conquistá-los para Cristo. Simples (e agressivos) argumentos não trarão a vitória, apenas o amor trará.

Não somos um grupo terrorista ou separatista. Nosso desafio é ser luz até ao ponto de anular as trevas.

Nosso olhar deve ser como o de Cristo, que ama o pecador e abomina o pecado.

A começar em mim, em você, que o reino de Deus se estabeleça!

2 comentários:

  1. Sempre conseguindo expressar da forma mais simples e pura aquilo que não conseguimos. Belo post,tia.

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  2. Obrigada, linda! Deus a abençoe sempre! Bjinhos

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