quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sobre a paciência

Ontem tivemos mais um Encontro de Mulheres aqui em casa. O tema foi sugerido pelo grupo: paciência. Disseram que é item raro hoje em dia. E é mesmo.

Alguém comentou que, frequentemente, tem feito a famosa oração: Senhor, dá-me paciência, pois se me der força, eu mato.

Por que andamos tão à flor da pele? O que nos tira do sério?

Lançamos essas questões e as repostas foram as mais diversas. Mas há fatos comuns.

Vivemos em mundo ligeiro, nos envolvemos em uma série de atividades, fazemos muitos planos, recebemos pressões de todos os lados. O resultado: impaciência, estresse, tempo curto e sem qualidade para relacionamentos.

A Wikipedia faz a seguinte definição:

“Paciência é uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente de tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, de qualquer hora ou em qualquer lugar. É a capacidade de persistir em uma atividade difícil, tendo ação tranquila e acreditando que irá conseguir o que quer, de ser perseverante, de esperar o momento certo para certas atitudes, de aguardar em paz a compreensão que ainda não se tenha obtido, capacidade de ouvir alguém, com calma, com atenção, sem ter pressa, capacidade de se libertar da ansiedade.”

Tem gente que consegue lidar com situações desconfortáveis, porém não tem a mesma desenvoltura quanto se trata de interagir com pessoas “difíceis”. Também o contrário: alguém bem tolerante com o próximo, mas incapaz de manter um equilíbrio emocional diante de contextos desfavoráveis.

Há quem seja naturalmente mais calmo e tranquilo, mas, independente disso, qualquer pessoa pode alcançar uma alma paciente.

A paciência é conquistada com bastante exercício.

Pedro foi um exemplo. Quando chegaram para prender Jesus no Jardim de Getsêmani, Pedro puxou a espada e cortou a orelha de um dos malfeitores. Jesus lhe repreendeu (como o fez outras vezes) e, aos poucos, foi trabalhando aquele coração impetuoso até conquistar um Pedro diferente, transformado, resignado.

O Pedro impaciente deu lugar a um discípulo sábio, controlado pelo Espírito Santo de Deus.

Certa vez, uma irmã da igreja compartilhou que estava impaciente, pois, já há algum tempo, pedia a Deus um marido e esse marido nunca chegava.

Disse-lhe que pediria a Deus para lhe dar paciência. Ela, de pronto, contestou:

- Não peça paciência, pois se pedir Deus vai me mandar tribulação!

Em parte, ela tinha razão.

Em Rm 5.3-5 encontramos:

“E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu.”

Não podemos fugir das experiências difíceis. Apesar de indesejadas, são necessárias para desenvolvermos a esperança e desfrutarmos de uma intimidade com Deus.

Um dia cantaremos como o salmista:

“Esperei com paciência pelo Senhor,
e ele se inclinou para mim
e ouviu o meu clamor”.Sl 40.1

É só ter um pouquinho de... Paciência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário