segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Inspirações do deserto

O deserto nos inspira.

Quando não há flores, bichos, cores, nossa imaginação é encorajada a agir, pois não há vida sem flores, bichos, cores...

Fico pensando nas miragens... O que são elas senão a esperança projetada?
Quando não há nada muito interessante embaixo, invariavelmente olhamos para cima.

Lá estão as estrelas. Um espetáculo sublime. Inventamos formas, damos nomes às constelações, mergulhamos na via láctea e, por um momento, esquecemos a dor que nos aflige.

A dor, de tanto se repetir, ou mata ou torna resistente.

O deserto nos ensina.

Aprendemos a carregar só o que é importante, pois o peso excessivo atrapalha a caminhada hostil.

Adquirimos um novo par de olhos. Arrojamos nossa fé. Quando não se tem nada, há muito para crer.

O deserto nos ativa.

Quando estamos confortáveis não há porque se mexer, mudar de posição. Mas com os pés queimando na areia não tem quem fique sem avançar.

Ninguém escolhe passar pelo deserto. Ninguém se dispõe a sofrer voluntariamente. Mas, às vezes, é para lá que Deus nos leva, pois é lá que somos encharcados com os nutrientes que nos fazem crescer.

Os frutos do deserto são abundantes, quando entendemos os seus propósitos.
Apesar da difícil caminhada, Deus não nos desampara. Pela manhã, Ele nos cobre com sua nuvem. À noite, sua luz nos guia, de tal forma que não viveremos perdidos.

Ouvi alguém dizer que o deserto não é lugar de habitação, mas de passagem.

Um dia atravessaremos o deserto, alcançaremos os mananciais e saberemos reconhecê-los.

Deus nos ajude!

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