quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quantas bocas você beijou?

É a pergunta que não cala no pós-carnaval. Dos programas de auditório aos bate-papos nas redes sociais essa temática invariavelmente aparece.

No programa “Encontro com Fátima Bernardes” de hoje, a jornalista quis saber quem estava certo: o homem que termina o namoro para curtir o carnaval e depois do feriado quer voltar ou a namorada que não aceita reatar em tais circunstâncias.

A resposta parece até óbvia, mas são comuns discussões (e distorções) sobre fidelidade nesse período, por existir uma aceitação (in) consciente e generalizada de que no carnaval tudo pode.

Assim como não consigo assimilar a atividade das bocas desgovernadas do carnaval, acho incoerente uma nação (“de maioria cristã”) se reunir para festejar nossa fraqueza: a carne.

Se, de fato, seguíssemos a Jesus, estaríamos atentos à sua orientação:

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Mt. 26.41

Saímos às ruas, com o "popozão" e tantas outras coisas à mostra e depois ficamos sentidos quando no cenário internacional nos associam à pornografia e à prostituição.

Temos orgulho de ser o País do carnaval, pois fechamos os olhos para os efeitos colaterais que esse evento provoca.

Fazemos campanhas e mais campanhas para o povo não fazer xixi nas vias públicas e deixamos passar outras práticas muito piores.

Ah, Lara, deixa de caretice, chatice... Há momento para tudo... Realmente, há. O que não dá é para ser uma coisa e outra. Não se pode ser fiel e infiel ao mesmo tempo, íntegro e desonesto, crente e descrente.

O carnaval é a celebração da hipocrisia. E muitos até acreditam que dá pra brincar de ser anjo e diabinho. Uma hora encaixam auréolas bem grandes, depois as lançam bem longe.

Todo mundo quer Deus. Quem não quer bênçãos, proteção, milagres, amparo?! Poucos estão dispostos a crucificar sua carne e deixar que o Espírito de Deus reine soberano.

Ou se segue ou se nega a Cristo. Estar em cima do muro não é opção.

Sei que muitos “se jogam” na confusão porque se sentem sozinhos, tristes, angustiados. Tentam refugiar-se no meio da multidão.

No final das contas, que alegria restou em seu peito? Quanta paz lhe proporcionaram? Até quando as companhias vão permanecer ao seu lado?

Deus é fiel. Ele não nos desampara. Que Ele nos ajude a seguir!

Nenhum comentário:

Postar um comentário