quinta-feira, 22 de maio de 2014

Acolhedor

Ele era dependente de drogas. Foi expulso de casa, pois sua família não suportava mais suas atitudes violentas.

Na rua, vivendo como “Zé Ninguém”, foi descoberto por um homem desconhecido, que lhe ofereceu comida e um lar acolhedor.

O rapaz continuava escravo de seus vícios, chegou a furtar objetos e dinheiro do bondoso senhor.

Um dia, de madrugada, ao retornar para a casa mais uma vez sob efeito de drogas, o jovem espantou-se quando o homem que o abrigara, apareceu no sereno, com sua filha no colo, para abrir o portão.

Isso marcou a sua vida.

Na manhã seguinte, finalmente lúcido, o jovem procurou seu “anjo” e lhe disse:

- Ontem descobri que Deus existe! O que você fez e faz por mim só pode ser obra de Deus. - disse o jovem chorando copiosamente.

E desde então resolveu se tratar, alcançando resultados exitosos.
...

Ouvi esse testemunho há alguns anos quando estive na Comunidade Terapêutica Betesda.

Fiquei tocada com o amor incondicional e transformador daquele senhor que revelou Deus a um jovem descrente e perdido.

Sei que uma atitude como a dele foi arriscada e nem sempre será essa a opção mais indicada, mas o amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera é o que devemos buscar. Deus nos trará o discernimento necessário.

Eu que falo tanto e faço tão pouco me vi estimulada a mudar. Seguir a voz de Jesus que diz:

“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. João 13:35

Quem ama não perde tempo apontando o dedo para um ou outro, mas arregaça as mangas e faz a diferença.

Nesse sentido é que Darlene Zschech, líder de louvor do Grupo Hillsong, escreveu em seu livro A arte de mentorear pessoas:

“É a aceitação que faz com as pessoas mudem e não a rejeição”!

Acolher alguém não implica consentir com seus erros ou aprovar sua torpeza, mas estender a mão e dizer:

- Estou com você, pode contar comigo, quero ajudar.

Deus nos ensine a amar!

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