domingo, 15 de dezembro de 2013

Tempo ao tempo

Diante de tantos ruídos, busco o silêncio. Um lugar quieto, arejado, povoado apenas pelos bons pensamentos.

Preciso descansar, mas minha alma tem pressa. Quer percorrer todo o mundo. Mergulha em tantas conjecturas, tenta resolver conflitos até que descubro que tenho apenas duas pernas.

A agitação da cidade, os sonhos, as possibilidades, as conversas, relacionamentos ativam minha mente e, às vezes, não me deixam parar.

Sempre que vou a São Paulo sinto isso mais intensamente. Experimento o ritmo urbano, a cidade que não para e, quando chega a noite, fico pensando em tantas coisas que estão acontecendo e eu ali tão estática em um hotel.

Até que meu sogro vem e me diz:

- Vá dormir, minha filha. Amanhã a gente continua. Você precisa parar.

Estico as pernas, fecho os olhos, mas continuo funcionando... rsrs

Essa vitalidade, esse anseio pelo que virá; sonhos, desejos que não cabem no tempo são marcas da juventude. Um dia virá a maturidade e com ela (espero) a serenidade.

Devemos aproveitar o que há de bom em cada fase.

“Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento. Afaste do coração a ansiedade e acabe com o sofrimento do seu corpo, pois a juventude e o vigor são passageiros”. Ec 11:9-10

Em todas as etapas tenho as palavras. Nelas encontro um refúgio, onde deposito parte de minhas energias, onde reflito pra então tirar arestas e seguir mais leve.

Em todo o tempo tenho um Deus amigo, que me mantém em equilíbrio e me ajuda a avançar.

Um dia, se Deus permitir, serei uma velhinha (enxuta, rsrs) e poderei , enfim, dizer:

“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda”. 2 Tm 4:7-8

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