segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Amanhã, o que será?

Você já preparou a roupa, programou o despertador, pensou em todas as suas atividades, sofreu ao repassar a rotina e lembrar todos os problemas a resolver.

Programou algumas saídas, alguns encontros...

A semana está só começando e parece que nunca vai acabar...

Mas hoje nada disso me interessa. Só quero saber:

Como está seu coração? Como está a sua alma?
...

Nesse último fim de semana, saímos do hotel. Agora estamos em um apartamento novo e arejado.

Mais uma vez, percorremos lojas de móveis para equiparmos o novo canto.

Como não sabemos quanto tempo vamos ficar por aqui, compramos apenas o básico, o essencial. Nada de peças sofisticadas ou acessórias.

Tantas mudanças têm nos feito compreender a brevidade desta vida e entender sobre prioridades.

De que adianta termos belos quadros nas paredes, se nos falta a geladeira ou a cama? Da mesma forma, de que adianta a riqueza material, se somos espiritualmente decadentes?

Há alguns meses, Lívio sonhou que ganhava alguns milhões na loteria. Ele, que nunca tinha jogado antes, resolveu tentar. Diante da simples expectativa de sairmos vencedores, fiquei eufórica ao pensar em quantas coisas poderíamos realizar. Os pensamentos foram evoluindo, evoluindo até me deixarem bastante preocupada. Conclui que eu não estava preparada para ser milionária assim de uma vez.

Nesta terra, tudo passa. No pouco tempo que tempos, resta a nós ter discernimento para priorizar o que realmente importa.

Não é à toa que Jesus nos deixou um alerta em Mc 8.34-38:

- “Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa e por causa do evangelho terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Pois não há nada que possa pagar para ter de volta esta vida”.

Um dia seremos apenas lembrança no passado de alguém. O que deixaremos? O que levaremos?

Apenas permanecem o amor e o que os nossos olhos não podem contemplar.

Pare e pense.

Uma feliz semana pra vocês!

2 comentários:

  1. E se tudo o que tivermos for o que presenciamos e sentimos aqui e agora nessa vida? Pensando nessa hipótese, esquecer de si mesmo, pode significar a morte em vida.
    Minha vida é tão boa e divertida (não entenda perfeita), que fico triste com a ideia de um paraíso com o único propósito de servir e ser feliz por isso.
    Só tenho dúvidas, porque o que eu penso hoje vai de encontro a tudo que aprendi em minha infância na igreja, e que mesmo lá quando ouvia falar da vida após a morte, sempre achei a ideia de uma vida eterna de servidão um tanto entediante. E mesmo assim só chegaria lá, através do versículo que vc citou (Mc 8.34-38), o que seria uma morte precoce para mim, exagero quando digo morte em vida, mas seria uma vida bem mais sem graça.
    Mas também sei com toda a certeza (tenho o costume de manter diálogos (monólogos?) Comigo mesmo) que se por um azar eu for acometido por uma grave enfermidade ou grande sofrimento de natureza qualquer, o que é inevitável com o passar dos anos, a minha covardia humana me forçaria a desejar um paraíso por mais entediante que me parecesse. Sigo então assim usando Deus como uma segunda opção em caso de tragédias, um cristão morno, e li na bíblia que esse era o pior tipo.
    O pior é que acho isso perfeitamente aceitável, pois assim como não tenho provas da sua existência, tão pouco da sua inexistência, acho que seria um erro descartar qualquer uma das possiblidades.
    Queria apenas saber a opinião de alguém que não seja eu mesmo e vive de acordo com o livro, através dessa rede de computadores que nos conecta ;)

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