quinta-feira, 6 de outubro de 2011

1 mês

Dia 12 de junho de 2011 foi o último aniversário de minha sogra. Seus cinquenta e cinco anos foram comemorados em um quarto de hospital, diferente dos anos anteriores, quando sempre disputávamos mesas e cadeiras com os namorados em algum restaurante da cidade. Apesar das circunstâncias, aquele dia não foi triste.

Hoje faz um mês que ela partiu.

Um mês. Parece um ano ou uma dezena deles, se considerarmos a quantidade de emoções, lágrimas e aprendizados.Parece um dia ou um segundo, se considerarmos que a sua presença ainda é quente, assim como sua lembrança em todo canto.

Diante dos últimos acontecimentos, passei a entender melhor o Sl 90.12:

“Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio”.

O tempo não para, como diz aquela música. O tempo passa, lento ou rápido, passa. Nossos dias aqui nesta terra são poucos. Quando temos consciência disso, aprendemos a viver de modo mais equilibrado, deixamos de lado a arrogância, pois percebemos que somos pó. A partir de então, abrimos caminho para a sabedoria, para que ela faça morada em nós.

O frio do inverno já ficou para trás e as primeiras flores começam a aparecer. Em seguida,o verão virá com os raios mais vibrantes. Mas logo também os dias ensolarados desaparecerão e o outono tomará o seu lugar até que venham novos dias frios.

As estações não esperam você mudar. Elas passam e você vai passando com elas... Ou aprende isso ou continua vivendo parado como se hoje fosse existir pra vida inteira, mas logo vem a noite para lembrá-lo que o amanhã já vem...

Hoje temos força, graça, alegria. Amanhã o que teremos?

Use hoje o que você tem às mãos para fazer o que é certo. Não perca tempo com sensações momentâneas. Invista no que lhe trará frutos.

Parece duro constatar a finitude de nosso corpo, mas, como tenho compartilhado ao longo desse mês, nossa esperança não se limita a essa vida e essa é a razão de não sermos tristes.

Desculpem-me se estou insistindo nessas reflexões acerca da morte, da vida eterna, do sofrimento e da superação... Mas esses pensamentos vieram fortes em minha mente esses dias, especialmente quando vejo tantas pessoas difundindo a ideia de que o filho de Deus só têm histórias alegres para contar.

Dia desses, ouvi o testemunho de um jovem que dizia que como estava sendo fiel a Deus, Deus o honrava, por isso tudo dava certo na sua vida profissional, cada vez ganhava mais dinheiro, nunca adoecia e nem seu carro quebrava...

Sei que Deus tem promessas maravilhosas para a vida de seus seguidores, mas a nossa maior riqueza não está nos bens que possuímos, nem nas coisas desta terra, mas em Deus, que nos concede tesouros que nem traça, nem ferrugem destroem.

Deus não prometeu que estaríamos livres de dificuldades. Os discípulos de Jesus (e até mesmo o próprio Cristo) enfrentaram fome, perseguição, prisão, morte...

Servimos a Deus não pelas vantagens que Ele pode nos conceder, mas porque fomos criados com esse propósito.

Apesar das aflições, Jesus nos diz: tenham bom ânimo, pois eu venci o mundo.

Podemos passar por aflições, mas com Jesus ao nosso lado temos o consolo e a força de que precisamos para continuar e vencer.

Esse é o último post dessa sequencia de dias in memorian, mas certamente não será o último dia em que me lembrarei dela, nem que trarei reflexões sobre os aprendizados desse tempo.

Deus nos ajude a adorá-lo, apesar das circunstâncias. Deus nos ensine a amá-lo em todo o tempo e a dedicarmos a Ele nossos dias passageiros para que alcancemos aqueles dias que durarão para sempre.

4 comentários:

  1. Deus nos ajude a adorá-lo, apesar das circunstâncias. Deus nos ensine a amá-lo em todo o tempo e a dedicarmos a Ele nossos dias passageiros para que alcancemos aqueles dias que durarão para sempre.
    Essa deve ser nossa oração diária...Lara querida, você é uma escritora maravilhosa. Além de seu pai(que é seu fã) eu também estou na lista...bjos no coração!!!

    ResponderExcluir