domingo, 2 de dezembro de 2012

Sobre as cadeiras e o sofá

Depois de mais de um ano sem sofá, comprei um essa semana.

É incrível como um sofá faz diferença em uma casa. Ele aproxima as pessoas. Diferente das cadeiras, o sofá não estimula individualismos.

Além de unir, o sofá aconchega. Torna a estadia mais confortável. Diferente das cadeiras, quase sempre secas e frias.

Não que eu tenha algo contra as cadeiras. Reconheço que em algumas ocasiões são até mais adequadas, mas se pudesse escolher, eu seria um sofá.

Sei que existem muitos tipos de sofá. Há aqueles duros também. Mas sua proposta é sempre juntar. Ele coloca as pessoas uma ao lado da outra, às vezes encostando os ombros, às vezes encontrando as mãos.

Antes de começar a namorar o Lívio, ele me convidou para assistir filme com uma galera. Sentamos um ao lado do outro no sofá, ele segurou minhas mãos por baixo das almofadas para que nosso romance nascesse tranquilo, sem cobranças, expectativas ou badalações.

As cadeiras são mais mexeriqueiras. Não permitem que as mãos se entrelacem sem que sejam notadas...

Se eu fosse um sofá, poderia envolver muitos em meu tecido suave, acolher o pobre, confortar o aflito, estimular a conversa, pois nada melhor que uma boa prosa em um sofá macio.

Certamente, saberia a importância de ser uma pacificadora...

“Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos.” Mt 5:9

“As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos”. Pv 16:24

Pior do que ser cadeira ou tamborete é quem não se dispõe a ser um mínimo suporte. Quem não oferece um espaço de diálogo, nem constrói casas de paz por onde passa.

Na verdade, muitos dão tudo por uma “boa” briga. Ficam na torcida para que os ânimos se alterem e a faísca vire fogo. Estimulam a confusão, disseminam o ódio.

As Escrituras revelam palavras duras para quem age dessa forma.

“Existem sete coisas que o Senhor Deus detesta e que não pode tolerar: o olhar orgulhoso, a língua mentirosa, mãos que matam gente inocente, a mente que faz planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que diz mentiras e a pessoa que provoca brigas entre amigos” Pv 6:16-19

“Os maus procuram meios de fazer o mal; até as suas palavras queimam como fogo. Os maus provocam discussões e quem fala mal dos outros separa os maiores amigos”. Pv 16:27-28


Deus nos livre de provocar qualquer violência. Que nossas palavras sejam bálsamo, restaurem relacionamentos, gerem salvação.

Que sejamos embaixadores da Paz!

Com braços como os de um sofá eu quero lhe abraçar!

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