Preparar, apontar... Já!

Atacar! Essa frase de combate me faz lembrar minha priminha (que por sinal, hoje está mais pra primona). Ela tinha seus dois, três anos, quando foi flagrada por aquelas filmagens de família, cujas gravações se eternizam e sempre provocam risos nos espectadores.
O grito de guerra era o prenúncio de um salto na enorme piscina. Todos se admiravam daquela pequenina que já sabia nadar, mas aquele ‘atacar’ parecia dar-lhe o que poderia faltar para o seu grande feito: coragem.
Talvez o ‘um, dois, três, meia e já!’ seria mais oportuno para aquela situação, mas isso não atrapalha nem um pouco o significado daquela experiência.
Quase sempre que pensamos em fazer algo que julgamos importante ficamos por um bom tempo imobilizados. Esse ‘bom tempo’, às vezes, é realmente bom, pois nos faz refletir, aperfeiçoar, decidir... Mas, em outras situações, parece nos enguiçar, fazendo-nos desacreditar que conseguiremos. É aquele ‘meia’ antes do já. Às vezes é preciso um ‘já’ imediato, sem tantos rodeios! Mas poucos têm palavras de estímulo e esperança pra dar.
Você está preparada?- é o que questionam (e nos questionamos).
Dá um frio na barriga sempre que essa pergunta insiste em aparecer.
E não é que ela surgiu quando pensei em escrever assim, escancarando minha parte liberdade pra quem quisesse ver.
Quem me conhece sabe que sou mais reservada, discreta, mas não posso ser assim todo o tempo.
Há tempo pra tudo, como encontramos em Eclesiastes. E o tempo é de soltar palavras no deserto. Precisamos bebê-las, nutrir nossas mentes com amor e esperança, caso contrário, secaremos até morrer em vida.