sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Que venha 2013!

Na noite de natal, minha sobrinha custou a dormir. Ela queria que aquele momento durasse para sempre.

Pensando bem, seria bom se isso acontecesse. Ter todo mundo que a gente gosta pertinho, em clima de festa, trocando presentes, participando de uma mesa especial...

Sorrisos no rosto, uma pausa na correria rotineira.

Amigo oculto, brincadeiras, encontros... Amo esta época do ano!

Se todos os sentimentos valorizados no final do ano fossem cultivados o ano inteiro, certamente muita coisa seria diferente.

Existiria mais verdade nos relacionamentos. Seríamos mais unidos e, consequentemente, mais prósperos, pois o amor nos faz vencedores.

Mudaríamos nossas prioridades. Jesus seria o centro.

Se Jesus nascesse em nós todos os dias, renunciaríamos a tudo que destoasse de sua natureza pura, santa e amorosa e, aos poucos, nos tornaríamos mais parecidos com ele.

Seríamos mais felizes. A paz não estaria distante.
...

Ao refletir sobre os acontecimentos de 2012, louvo a Deus por ter nos sustentado.

Muitas foram as bênçãos, apesar das grandes lutas que enfrentamos.

Sentimo-nos fragilizados tantas vezes, o medo e o desânimo nos visitaram, mas podemos dar graças a Deus, porque Ele sempre nos restaura a esperança.

2013 está chegando. Quais as expectativas para o novo ano? O que você está plantando para colher ao longo dos próximos 365 dias?

Mais que uma reflexão, precisamos partir para a prática e desenvolver algo consistente.

Desejo a todos vocês, queridos leitores do blog, um ano de luz, paz e amor. Que Cristo seja o centro!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Amor que fica


Não sei dançar. Minha marcha é desconexa e a coordenação motora falha. Hoje (aqui em casa mesmo, sem música) resolvi bailar com meu marido. Ensaiamos alguns passos, mas no fim das contas, ao invés de uma dança harmoniosa, o que surgiu foi a inspiração para estes versos.
...

Foi assim
Você apareceu
Olhou pra mim
E foi chegando, chegando
Até fazer morada em meu coração

Mais que bom
É estar ao seu lado
Mesmo nos momentos maus
Me vejo sempre perto
Pois seu barco é o mesmo que me leva

Hoje choro com você
Amanhã sorriremos
A vida é assim
Descidas, subidas

Decidi amá-lo
Não me importo se você não chegar com tantas flores
Se seus espinhos às vezes me machucam
A vida é assim
Amor, dor

Quero você pra mim
Todos os dias
Na rotina, nas mudanças
Seremos um
Porque o que Deus une
Sempre fica

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Qual sua marca preferida?

Eu estava aqui pensando sobre o problema da riqueza, que em si nem é problema. O que fazemos com ela sim. E o que nos tornarmos tantas vezes.

Nem sempre estamos preparados para lidar com a prosperidade financeira. Alguns acabam pensando que o dinheiro compra tudo e que somos aquilo que temos e o que vestimos.

Vivemos em um mundo regido por marcas, estampas variadas, identidades diversas.

Ser “estiloso” é quase uma exigência. Quem não tem estilo fica para trás. Mas o que significa estilo? Para mim, estilo tem mais a ver com atitude, originalidade, personalidade do que com a reprodução impensada de modelos estabelecidos em realidades (quase sempre) distantes.

Certa vez, alguém quis confirmar o perfume que eu estava usando. Depois de minha ratificação, ela disse:

- Para mim esse seu perfume parece água. Eu só uso os franceses.

E então começou a discorrer sobre os perfumes de sua coleção, cada um com uma marca mais famosa que a outra. Percebi que nem era a fragrância o que importava, mas o status que poderia implicar.

As marcas podem ser até uma opção pela qualidade, durabilidade, beleza, mas devemos nos policiar para não vivermos como marionetes da indústria da moda, escravos de um consumismo desmedido e sem sentido.

Esses dias, uma amiga me contou sobre sua experiência quando morava no Japão. As crianças estudavam em escola pública, usavam mochilas (que as acompanhavam da 1ª a 8ª série) e materiais escolares padrão. Os pais não poderiam deixar seus filhos na escola de carro para que não incitasse a desigualdade entre as crianças cujas famílias não possuíam automóvel.

Ao escutá-la, foi inevitável a comparação com a educação em nosso país. Aqui há um forte estímulo ao consumismo e à competição desde a infância. Mochilas, carros, roupas, comida têm nome e sobrenome. As “Marias Joaquinas” se proliferam e ganham a admiração e não a repulsa, como meninas chatas e soberbas.

Não estou tratando sobre a dicotomia capitalismo/comunismo, apenas tentando sublinhar a superficialidade de nossos tempos.

Ao ler uma das inúmeras biografias de Coco Chanel, alguns fatos chamaram-me a atenção. Ela foi um dos grandes ícones da moda. Depois de Chanel, a alta costura nunca mais foi a mesma. Ela inaugurou um estilo próprio, trouxe praticidade, sem tirar a classe dos modelitos. Sua marca ainda é referência para o mundo contemporâneo.

De moça pobre, Chanel tornou-se uma das mulheres mais ricas e influentes de seu tempo, mas no final da vida, ela se sentia vazia e sozinha.Reconhecia que o mundo do glamour não era suficiente.

Concordo que somos seres criativos e a moda não deixa de ser uma manifestação de arte. Por ser arte, porém, não pode impor-se como ditadura.

Quando adoto marcas e elas passam a estar frequentemente em meu vocabulário, como se fizessem parte de minha própria essência, devo começar a me preocupar.

Quem somos, afinal? Não precisamos de roupas de “grife” para nos autoafirmar. Se as usarmos, devem ser meras molduras a valorizar a importante obra de arte que somos nós.

Deus nos fez à sua imagem e semelhança e nos dotou de qualidades únicas e personalíssimas.

Ele criou cores, perfumes, texturas, personalidades bem originais. E estampou a sua marca em nós. Que seja essa marca que apareça bem forte. Que, como Paulo, possamos dizer que carregamos as marcas de Cristo em nossa vida! É a única marca que, no fim das contas, vai fazer diferença.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Sobre as cadeiras e o sofá

Depois de mais de um ano sem sofá, comprei um essa semana.

É incrível como um sofá faz diferença em uma casa. Ele aproxima as pessoas. Diferente das cadeiras, o sofá não estimula individualismos.

Além de unir, o sofá aconchega. Torna a estadia mais confortável. Diferente das cadeiras, quase sempre secas e frias.

Não que eu tenha algo contra as cadeiras. Reconheço que em algumas ocasiões são até mais adequadas, mas se pudesse escolher, eu seria um sofá.

Sei que existem muitos tipos de sofá. Há aqueles duros também. Mas sua proposta é sempre juntar. Ele coloca as pessoas uma ao lado da outra, às vezes encostando os ombros, às vezes encontrando as mãos.

Antes de começar a namorar o Lívio, ele me convidou para assistir filme com uma galera. Sentamos um ao lado do outro no sofá, ele segurou minhas mãos por baixo das almofadas para que nosso romance nascesse tranquilo, sem cobranças, expectativas ou badalações.

As cadeiras são mais mexeriqueiras. Não permitem que as mãos se entrelacem sem que sejam notadas...

Se eu fosse um sofá, poderia envolver muitos em meu tecido suave, acolher o pobre, confortar o aflito, estimular a conversa, pois nada melhor que uma boa prosa em um sofá macio.

Certamente, saberia a importância de ser uma pacificadora...

“Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos.” Mt 5:9

“As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos”. Pv 16:24

Pior do que ser cadeira ou tamborete é quem não se dispõe a ser um mínimo suporte. Quem não oferece um espaço de diálogo, nem constrói casas de paz por onde passa.

Na verdade, muitos dão tudo por uma “boa” briga. Ficam na torcida para que os ânimos se alterem e a faísca vire fogo. Estimulam a confusão, disseminam o ódio.

As Escrituras revelam palavras duras para quem age dessa forma.

“Existem sete coisas que o Senhor Deus detesta e que não pode tolerar: o olhar orgulhoso, a língua mentirosa, mãos que matam gente inocente, a mente que faz planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que diz mentiras e a pessoa que provoca brigas entre amigos” Pv 6:16-19

“Os maus procuram meios de fazer o mal; até as suas palavras queimam como fogo. Os maus provocam discussões e quem fala mal dos outros separa os maiores amigos”. Pv 16:27-28


Deus nos livre de provocar qualquer violência. Que nossas palavras sejam bálsamo, restaurem relacionamentos, gerem salvação.

Que sejamos embaixadores da Paz!

Com braços como os de um sofá eu quero lhe abraçar!