terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Uma canção pra você!

“Ei, não fica assim. Solidão não vai lhe trazer a solução pro seu sofrer.”* Se estivesse por perto, seria essa música que cantaria pra você.

Gostaria de vê-la novamente sorrir.

A dor que lhe assola vai além da compreensão e o meu alento é saber que alguém a conhece perfeitamente bem.

Ele vê o seu sofrimento e sabe melhor que ninguém a reforma necessária. Quais cômodos devem ser mudados, quais as flores para ornar a sala, quais as cores para as paredes e toda a mobília indispensável.

E eu imagino (só imagino) o que você está sentindo.

As horas que passam mais lentas, os dias sem graça... Simplesmente parece que o tempo mudou. Assim como tudo à sua volta.

Como se o último barco com destino à felicidade tivesse se perdido e agora não existisse mais jeito de se chegar lá.

Sei que por mais que eu tente nunca conseguirei descrever a sua presença só. A dor no seu peito e as imagens em preto e branco só lhe fazem olhar pra trás.

As lágrimas lhe afogam e seus olhos não enxergam salvação, pois tudo o que realmente valia à pena parece que deixou de existir.

Talvez você nem entenda direito o que está acontecendo. O que lhe aflige nem sempre se mostra assim tão fácil e você não quer simples respostas, quer soluções.

Não estou aqui para reflexões rebuscadas (e vazias). Quero apenas lhe dizer:

“Que nem tudo se perdeu
Acredita existe um Deus”

Depois que seus sonhos se foram, depois que sua alegria se escondeu, a angústia parece ter dominado.

O coração partido, o nó na garganta e o medo deixam suas pernas imobilizadas e você pensa que não conseguirá mais caminhar.

De sua mente deve estar jorrando os pensamentos mais tristes. As lembranças felizes são como retratos rasgados e aquela sensação de que uma parte de si ficou para trás é constante. E você tem que seguir assim: como um mutilado de guerra.

E agora? – é a questão que surge.

Dizer que “tudo vai passar” talvez não adiante.

Mas então o que fazer? Se sequer sei seus planos, se sou incapaz de mergulhar em suas emoções, e não posso sentir a sua dor com a mesma intensidade...

O que mais quero hoje é a sua restauração. Você é uma peça de valor que mesmo depois de tanto tempo permanece preciosa.

Desejo que você seja forte, entendendo que para isso você precisa estar firmada na Rocha. Desejo que, finalmente, você entenda o amor de Deus, que enviou seu único filho para sofrer (e morrer) em seu lugar.

Posso ser seu abraço nestes dias de frio, mas só Deus para fazer aparecer o sol. Fale com Ele...

“Ele vai lhe estender a mão,
Lhe abraçar e acalmar o seu coração
Ele vai lhe levantar do chão
E estará para sempre ao seu lado;
Acredita nesse amor maior
Que sofreu até morrer
Pra lhe salvar”

Acredita e saiba que pode contar comigo. Você não está só nessa.

* Trechos da música "Acredita", do Novo Som. Abaixo o vídeo pra quem quiser escutar:

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

É bom lembrar

Tínhamos acabado de chegar à Barra-Grande-PI, quando Lívio convidou-me para passear na praia.

Ele estava eufórico e ansioso demais para um simples passeio. Justificou que era uma oportunidade para tirarmos fotos ao pôr-do-sol.

- Lara, temos poucas fotos recentes. Precisamos ter mais registros de nosso tempo de namoro – disse ele.

Diante de tal justificativa, caí como uma patinha.

Seguimos caminhando descalços, sentindo a areia macia da praia. Em todo o percurso, tirávamos fotos até nos sentarmos para contemplar o mar.

Foi então que ele começou a fazer as mais belas declarações, lembrando nossa história de amor, e, de súbito, retirou de dentro da bolsa da máquina fotográfica uma caixinha branca com as alianças.

Eu fiquei atônita, enquanto o mar observava silencioso àquela cena.

Sempre sonhei com um noivado emocionante. Algumas vezes, ao longo de nosso namoro de quase sete anos, disse ao Lívio que queria surpresa, caso um dia ele fosse me pedir em casamento. E ele fez tudo certinho: conseguiu me surpreender e tornar aquele fim de tarde especial.

Como que Deus aprovasse aquele momento, trovejou e começou uma chuva forte, anunciando vida. Eu disse sim e, depois de um beijo, saímos correndo para nos proteger do aguaceiro.

A chuva nos encharcou, mas nem nos importamos com isso, afinal já estávamos encharcados de amor.
...

Essa cena, vez por outra, surge em minha mente.

É bom guardar na memória os dias felizes. Diante das dificuldades, são essas doces lembranças que nos ajudam a seguir, crendo que dias melhores virão. São como mananciais no deserto, luzeiros na escuridão, refúgios na guerra.

Foram essas boas recordações que Jeremias tentou trazer à memória nos tempos de dor.
Diante de uma Jerusalém destruída, ele chorou, escancarando toda sua tristeza.

“Por estas coisas choro eu; os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar as minhas forças; os meus inimigos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo.” Lm 1.16.

Apesar de sua imensa angústia, Jeremias revela sua esperança no Deus Todo-Poderoso. Ele deseja olhar para frente, pois sabe a importância dos bons pensamentos.

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” Lm 3.21

Que Deus nos ajude a resgatar o que nos dá esperança! Que em nossos pensamentos haja sempre imagens felizes! Que haja cores para alcançar os dias mais desbotados!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Bem-vinda, Alegria!

Até quando vou chorar? Minhas lágrimas, nestes tempos, são ligeiras. Fluem como um rio... Mas onde será o mar? Qual o propósito deste aguaceiro? Vez por outra, essas questões vêm naturalmente e fico atrás das respostas.

Alguém me disse: parece que aprendemos mais na dor do que na alegria. É que ficamos mais sensíveis e mais reflexivos e desenvolvemos virtudes como a esperança, que nos ajuda a ver soluções para as impossibilidades.

Na carta dirigida aos Romanos (5.3-5), Paulo fala sobre isso:

“Também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”

De fato, é o que acontece. Os dias difíceis nos ensinam a ser forte. Buscamos força para aguentarmos firmes até que a tempestade passe. E depois que ela se vai, vez por outra, lembramos e dizemos:

- Há algum tempo passei por uma situação complicada e venci. Posso vencer novamente.

É a experiência produzindo esperança não só em nós, mas em todos que escutarem nosso testemunho.

Essa semana, em uma de nossas viagens, enfrentamos nossa primeira chuva de granizo. Inexperientes que éramos, demorou para descobrirmos porque o impacto da água no vidro estava mais forte do que o normal. E eu fiquei: “Meu Deus, nos livre dessa. Que o para-brisa não quebre, não quebre ”... A chuva então passou e nós conseguimos chegar inteiros ao nosso destino. Mas a experiência ficou.

Hoje, enquanto choro, surge um sorriso quando penso que logo todo o meu pranto redundará em esperança. E olho para o presente como se fosse passado.

Ainda assim, sejamos francos: se pudéssemos escolher, apagaríamos os dias de choro de nossa vida e prosseguiríamos para viver apenas os momentos felizes. Como quando éramos crianças que, não fossem nossos pais, nunca tomaríamos uma daquelas terríveis injeções, mesmo com a promessa de que, em seguida, ficaríamos bem.

Também na Carta de Romanos (8.18), Paulo diz convicto:

“Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada”.

Quando a dor aparece, a espera é sempre mais difícil. Olhamos adiante e não vemos soluções. Pensamos que é o nosso fim e é difícil ver alguma finalidade em tudo isso. Mas algumas provas precisam ser enfrentadas. E nós seremos aprovados. E as lições ficarão para sempre.E logo nossas lágrimas serão enxugadas pelo nosso Deus.

Não precisamos nos desesperar diante das intempéries da vida, nem focar nas circunstâncias difíceis que temos enxergado, mas olhar com os olhos da fé para o que Deus ainda fará.

Como Paulo diz “Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.” Rm 8.25.

“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração.
Romanos 12:12”


Mas até quando? Até quando vai durar o meu choro?

"[...] Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã." Salmos 30.5

Os raios de "amanhã" logo adentrarão nossa janela, trazendo nos braços a alegria!

E nós diremos: Bem-vinda, alegria! Bem-vinda!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Quem quer alegria? - Parte II

A festa já vai começar. Os carros de som nas alturas, as mulheres peladas soltas nas ruas, as decorações das vitrines, as mensagens nas redes sociais, as reportagens na mídia, as conversas nas calçadas já anunciam a maior festa do Brasil.

O povo começou a semana agitado. As malas já estão quase prontas. A expectativa está grande.

A palavra de ordem é: alegria!

Mas, me diz aí... Carnaval é alegria?

Se eu vivesse em outro planeta e chegasse ao Brasil neste período, poderia jurar que aqui tem o povo mais feliz do universo, que esse país é o menos problemático e que o Carnaval é o período mais arrebatador de todas as datas.

Ligo a TV e lá está a alegria. Por trás das máscaras custa crer que existem rostos cansados, descrentes, sem esperança...

A fantasia do carnaval vai muito além das roupas apapagaiadas.

Com certeza, para os cervejeiros, empresários das festas carnavalescas, artistas do axé não existe tempo melhor. Afinal, seus lucros nesta época são ainda mais elevados. Não é à toa que eles estão na linha de frente, conduzindo as multidões efervescentes. Lá estão as cores a esconder os dias maus que temos vivido... Lá estão as contradições de nossa geração hipócrita.

E nós estamos felizes?

Talvez nosso erro seja confundir alegria com purpurina. A gente pensa que aquele brilho, aquela estampa viva, aquele monte de sorrisos vai nos contagiar. E que fazer tudo que se quer nos tornará livres e nos fará esquecer os problemas e superar os complexos. E que a vida será mais doce e nossa carência será suprida quando, ao fim daqueles dias, tivermos beijado tantas bocas. E que nossa alegria talvez desperte, diante dos primeiros batuques daquele estrondoso trio.

Mas como já disse em outro post, alegria não é assim tão circunstancial. Vai além de um feriado que promete...

Os enfeites, as fantasias, as músicas agitadas, as bebidas podem proporcionar euforia, mas nunca felicidade.

A Bíblia nos ensina a chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram. Não penso que seja tempo de compartilhar alegria. Logo os frutos podres de mais uma festa da carne aparecerão... Doenças sexualmente transmissíveis, gravidezes indesejadas,relacionamentos destruídos, uma nova leva de viciados em álcool e outras drogas...

Hoje quero chorar com vocês, olhá-los além das máscaras e lhes desejar algo além da alegoria carnavalesca... Desejo-lhes a alegria que não acaba.

“[...] alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus”. Lucas 10:20

“Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados!
Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia!
[...] Tu és o meu abrigo; tu me preservarás das angústias e me cercarás de canções de livramento. [...] Muitas são as dores dos ímpios, mas a bondade do Senhor protege quem nele confia. Alegrem-se no Senhor e exultem, vocês que são justos! Cantem de alegria, todos vocês que são retos de coração!” Salmos 32:1-11

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Enquanto ele não vem... - Parte II

Esperar não é brincadeira! Lembro que quando éramos crianças, eu e meus irmãos aguardávamos ansiosos por minha mãe sempre que ela ia ao Centro de Teresina. É que sempre que mamãe ia pra lá, ela trazia alguma lembrancinha. Na época não tinha Shopping na cidade e todas as lojas de nossos interesses concentravam-se no Centro, o que só aumentava nossa ansiedade.

Ficávamos de um lado para o outro e, diante de qualquer barulho, corríamos para o portão. E ela parecia que nunca ia chegar...

Atualmente, é minha sobrinha que tantas vezes quer que as coisas aconteçam para ontem e aí nós temos que lembrá-la da musiquinha do Diante do Trono:

“Tudo na vida tem a hora certa
Não adianta querer apressar [...]
Temos que aprender a esperar...”

Hoje canto essa canção para vocês que estão aflitos à espera de um amor...
Aprender a esperar não é das tarefas mais simples. Especialmente quando se trata da vida afetiva. Logo vem a mente o tempo que está passando, os bons partidos que vão sumindo, as possibilidades de engravidar que vão diminuindo, as rugas, os cabelos brancos... O medo de ficar só, o medo de não ser feliz.

É que a ansiedade, normalmente, vem aliada ao medo.

Algumas pessoas têm compartilhado comigo esses medos. Mulheres de todas as idades, inseguras diante da possibilidade de ficarem sem um companheiro.

Muitas apostam todas as suas fichas de felicidade nesse tal destino amoroso e vivem roendo as unhas, temendo serem infelizes para sempre.

Em Pv. 12.25, encontramos que “A ansiedade no coração deixa o homem (a mulher) abatido, mas uma boa palavra o alegra”.

Encha seu coração e mente de boas palavras.

A primeira coisa que precisamos entender é que as pessoas nos trazem momentos de alegria, mas alegria permanente só o Espírito Santo de Deus tem para nos oferecer.

Não devemos jogar para os outros a responsabilidade por nossa felicidade ou infelicidade. Elas partilharão de nosso estado de espírito, poderão atrapalhar ou contribuir, mas não devemos depositar nelas todas as razões de nossa (in) felicidade.

Iniciar um relacionamento, lançando ao nosso parceiro essa carga tão pesada poderá esmagar o recém-nascido, que sequer tem forças nas pernas .

Temos que aceitar que, nem sempre, estamos preparados para assumir um novo relacionamento. Terminar um namoro e engatar outro, sem antes ver-se livre das frustrações, traumas, é carregar uma bola de neve que vai aumentando, aumentando até engolir você.

Peça a Deus que tire esse medo de ficar sozinha. Peça que Ele cure suas feridas. Não pense que outra pessoa fará isso.

Aprender a esperar não é viver como uma estátua e permanecer inerte diante de tudo e de todos. É sim preservar a serenidade e seguir, desenvolvendo projetos, trabalhando, estudando... É ter paciência e, quando o varão chegar, não se atracar ao seu pescoço e exigir juras de amor eterno e apressar logo o casamento. É ser sincera em suas orações e descansar em Deus, pois Ele tem cuidado de nós.

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
Filipenses 4:6

...

Eu fico aqui, esperando e, aos poucos, me acostumando com a ideia de que o tempo real não tem os mesmos ponteiros que o meu, nem anda da forma que eu quero.
Às vezes ainda choro. Tenho medo que ele nunca me encontre, como nas histórias que não são para acontecer. Mas, esse clima melancólico desaparece quando o encontro tão lindo em meus sonhos, quando me rendo a Deus e entrego pra ele os meus planos...
E fico pensando no que fazer enquanto ele não vem...
Enquanto ele não vem, devo ser cautelosa, administrar bem meus sentimentos, me conhecer melhor. Enquanto ele não vem, devo tratar meus complexos, corrigir meus erros, desenvolver minha mente.
Esforçar-me para aprender que a felicidade só vem de Deus, ninguém mais tem a oferecer.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A história de um cachorro

Quando vamos a Goiânia, nos hospedamos na casa de nossos primos.

Tão logo chegamos e o portão se abre damos de cara com o Husky, o personagem do post de hoje.

Ele é um cachorro vira-lata que nossos primos adotaram ainda filhote. Se antes o cãozinho era bonitinho, agora, que é um senhor de idade, a beleza não está entre seus atributos.

Ele está manco, desde que um pit bull estraçalhou uma de suas patas. Seu pelo já está meio grisalho e não há nada aparente que o torne um cão admirável ou atraente. Apesar disso, ele é amado.

Um dia, ao perceber o portão aberto, Husky resolveu dar uma saidinha. Ele não estava tão distante, quando a carrocinha passou e o capturou.

Uma vizinha, testemunha do acontecimento, comunicou nossa prima de que seu cachorro tinha sido levado para o Centro de Controle de Zoonoses, para onde esta seguiu imediatamente.

- Moço, esse cachorro que vocês acabaram de pegar é meu!- reclamou a dona aos responsáveis pela apreensão do bicho.

Depois chegou nosso primo, em um carro vistoso, todo de terno, procurando pelo bicho.
Então aqueles homens se admiraram:

- Esse cachorro tem as costas largas!

Como um bichinho tão desprezível era tão amado?! Como um ser tão pouco atrativo tinha tantos advogados?!

Depois que pagaram a fiança, eles conseguiram resgatá-lo. Imaginem qual não foi a felicidade de Husky ao avistar seus donos!
...

Não sei se vocês notaram, mas nossa história parece com a do Husky.

Deus nos criou a sua imagem e semelhança e nos adotou como filhos amados.

Um dia nós nos afastamos de sua presença, pecamos e fomos separados de Deus.Tornamo-nos escravos do pecado e nossa liberdade dependia do pagamento de uma fiança.

Jesus pagou o preço, morrendo em uma cruz, e agora podemos desfrutar da presença de nosso Dono e Pai novamente.

"Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus". Ef 2.4-7


Na casa do Pai temos o alimento de que precisamos para viver. Nosso dono é bondoso e não nos despreza. Apesar de nossa insignificância, mesmo sem merecermos, Ele nos ama e não nos abandona.

O Rei dos reis, o Todo- Poderoso, desceu de seu trono de Glória para nos resgatar. Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o nosso Advogado particular. Será que temos as costas largas?!
...

Pensando bem, talvez haja uma diferença entre a nossa história e a do Husky. Ele é um cachorro grato e festeja a presença de seus donos todos os dias.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Camarada Gavião


Há cerca de dois meses, ao visitar meu irmão, tomei o maior susto ao deparar com seu novo bichinho de estimação. Aqueles olhos fixos em mim, a cabeça que gira para observar qualquer movimento e o seu silêncio desafiador me levaram a imaginá-lo como um ser mal-encarado.

Uma pessoa comum criaria um cachorro ou um gato, mas meu irmão optou por um gavião asa-de-telha (foto ao lado), batizado de Grey Wind (Vento Cinzento).

Quando criança, ele viajava, observando na estrada as aves de rapina e, de vez em quando, admirava-se:

- Nossa, olha a envergadura dessa aí!

Enquanto eu e minha irmã nos contentávamos com filhotes de cachorro, ele desejava criar uma dessas aves.

O tempo passou e assim que ele vislumbrou a oportunidade de comprar o bicho de seus sonhos (devidamente registrado e legalizado), não hesitou.

Eu até cheguei a objetar algumas vezes: Como pode alguém criar um bicho selvagem desses!

Mas hoje devo admitir: até que a “amizade” entre o meu irmão e o Grey Wind tem prosperado. Dia desses, pude assistir a um vôo livre do animal e não é que, mesmo diante da liberdade, ele sempre volta para o braço do dono.

Agora peço licença ao meu irmão para fazer uma analogia (digamos “não muito amistosa”) com seu bichinho.
...

Aqui no Goiás, há uma cena linda que se repete todos os finais de tarde. Enquanto o sol se põe, milhares de curicas surgem em grupos, fazendo coreografias até pousarem nas árvores. Há tanta harmonia entre elas, tanta beleza.

Um dia, enquanto eu observava tal acontecimento, veio a minha mente o gavião.

- Já pensou um gavião aqui no meio de tantas curiquinhas...

Imaginei aves assustadas, voando desesperadamente para livrar-se da morte iminente. Uma cena bem diferente da harmoniosa dança de todos os dias. Não que o gavião seja uma ave malvada, é só seu instinto, sua sobrevivência.

Os humanos sim têm uma natureza má e precisa se esforçar para não seguir seus maus desígnios.

Tem gente que não descansa enquanto não quebra a harmonia e a paz de um lugar. Pessoas, usadas pelo Inimigo, que agem como predadores, destruindo famílias, amizades e produzindo um contexto de guerra onde antes havia paz.

A Bíblia nos orienta a sermos pacificadores e a fugirmos do mal.

Meninas, cuidado com os gaviões à espreita. Eles vão chegando de mansinho, lançam aquele olhar arrebatador, aproximam-se e, em um golpe sorrateiro, arrancam e estrangulam corações apaixonados. Depois voam atrás de outra vítima desprevenida.

Meninos, fiquem atentos, pois existem também fêmeas dessa espécie! Elas surgem cheias de charme... Seu jeito selvagem os atrai até que, ao vê-los inebriados, mostram suas garras e os prendem em uma rede de mentiras e armações.

Casados, cuidado! Vocês são muito visados. Nesses casos, os gaviões chegam com cuidado e, primeiramente, tentam distanciar o casal. Sozinhos, carentes, vocês ficam mais vulneráveis e acabam comendo uma carne envenenada que os levará à destruição.

Pais, cuidado! Muitos são os predadores que se aproximam diariamente de seus filhos. Drogas, prostituição, violência... Ensine-os desde pequenos a andar longe desses perigos e a estarem atentos diante de qualquer ameaça.

Filhos de Deus, cuidado! Muitos surgirão para matar a sua fé. Jesus já advertia seus seguidores a serem cautelosos e a preservar a pureza:

“Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas”. Mateus 10:16
...

Outro dia, um pombo, ao deparar com o Grey Wind, voou com todas as suas forças, até conseguir escapar daquelas imensas garras.

Diante do perigo,faça o mesmo. Bata suas asas bem forte e fuja.

Submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. (Tiago 4:7)